Londres (Inglaterra) – Sete vezes campeão de Wimbledon e vencedor de 24 torneios do Grand Slam, Novak Djokovic tem vasta experiência no ambiente do tênis dentro e fora das quadras. E o sérvio afirma que é preciso tornar o esporte mais acessível e atrativo ao público jovem. Ele também alerta que o crescimento de outras modalidades de raquete, como o paddle e pickleball, também ligam o sinal de alerta.
“Em termos de inovação no nosso esporte, temos que descobrir como atrair um público jovem. Quando olhamos, por exemplo, para a Fórmula 1 e o que eles fizeram em termos de marketing e crescimento do esporte para se tornarem tão populares hoje, acho que precisamos fazer um trabalho melhor em nossos respectivos circuitos. Os Grand Slams sempre vão dar certo. Mas acho que o tour precisa ser melhor”, disse Djokovic, na coletiva de imprensa deste sábado em Wimbledon.
“Temos sorte de ser um esporte muito histórico e global. Mas acho que um dos estudos feitos pela PTPA há três ou quatro anos mostrou que o tênis é o 3º ou 4º esporte mais assistido no mundo junto com o críquete, atrás apenas do futebol e do basquete. Mas o tênis está em 9º ou 10º lugar em termos de uso, comercialização ou capitalização de sua popularidade. Então há um espaço enorme para crescimento”, avaliou o atual número 2 do mundo, que está classificado para as oitavas de final em Londres.
Paddle e pickleball estão ganhando espaço
Djokovic ressalta a importância de promover a base no tênis, especialmente nos clubes. “Sim, falamos sempre sobre os campeões de Grand Slam. Mas o foco está sempre nos grandes prêmios. E o nível básico? Ainda estamos fazendo um trabalho muito ruim. O tênis é um esporte adorado por milhões de crianças que querem pegar uma raquete e jogar, mas não o tornamos acessível. Especialmente em países como o meu, que não têm uma federação forte”.
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“A nível de clube, o tênis está em perigo. Se não fizermos algo a respeito, global ou coletivamente, o paddle ou o pickleball vão ganhar espaço e os clubes vão converter as quadras, porque é mais econômico. Se você tem uma quadra de tênis, pode construir três quadras de paddle no mesmo lugar. A contas é simples. É muito mais viável financeiramente para o dono do clube ter essas quadras”, complementou o veterano de 37 anos.
Virada sobre Popyrin em quatro sets
A respeito da vitória deste sábado sobre o australiano Alexei Popyrin pela terceira rodada de Wimbledon, o sérvio destacou as qualidades do rival, especialmente por conta do bom desempenho no saque e sente que conseguiu melhorar a partir do segundo set. “Foi mais um jogo difícil e já esperava por isso”, disse o sérvio, que venceu por 4/6, 6/3, 6/4 e 7/6 (7-3). “Eu sabia que ele entraria em quadra muito confiante e estava perto de vencer a partida que disputamos na Austrália no início deste ano”.
“Com aquele saque e forehand poderoso, é um adversário perigoso em qualquer superfície. Eu o vi jogar nas primeiras rodadas, sabia que ele estava em ótima forma e que entraria em quadra acreditando que poderia vencer. Foi assim que ele começou e foi o melhor jogador do primeiro set, e depois eu subi o nível. Joguei um segundo e terceiro muito bons, enquanto o quarto set poderia ir para qualquer um”, complementou o vice-líder do ranking, que enfrenta o dinamarquês Holger Rune na próxima fase.
Djokovic também falou sobre um momento de diversão na Quadra Central, quando o público do estádio ficou sabendo da vitória nos pênaltis da Inglaterra sobre a Suíça pelas quartas de final da Euro. Irreverente, ele simulou uma partida de futebol em quadra. “Presumi que estivesse na hora dos pênaltis entre Inglaterra e Suíça. Foi durante um set e meio que a torcida queria muito entender qual era o placar. Tentei marcar um gol e sou canhoto no futebol, mas Alexei defendeu bem”.
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